Na edição anterior, entrevistamos Thaynan Mariano, um dos fundadores do MEJ no Instituto Federal de Santa Catarina. Se você ainda não viu, vale a pena checar!
Para conversar com o Lucas fomos até a Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE). Gostaríamos de agradecer pela disponibilidade e pelo passeio na Associação. É sempre inspirador visitar esse local, onde se encontram várias startups do ecossistema da Ilha da Magia.
Agora, vamos contar um pouco do bate-papo. Boa leitura!
UM BREVE HISTÓRICO
“Eu sempre quis ter minha empresa. Meu pai tem a própria empresa. Quando eu vim para cá [Florianópolis], meu padrasto também tinha. Eu sempre gostei de ser mais autônomo. Nunca gostei muito dessa ideia de ser um funcionário só e ficar sentado na cadeira fazendo o mesmo trabalho todo dia”
Lucas Feliciano foi Diretor de Projetos da Comando Jr, a segunda empresa júnior da Engenharia Mecatrônica e consequentemente sucessora da Invictus. Durante o período no MEJ, ele e outros participantes desenvolveram projetos na área de instrumentação meteorológica. Um desses trabalhos foi vencedor do Desafio IFSC de Ideias Inovadoras de 2015, além de ter sido a semente para um dos projetos o qual ele se dedica neste período pós-júnior: o Abellion.
CONHECENDO O ABELLION
De maneira geral, esse produto consiste em uma estação meteorológica inteligente. É um dos vencedores do Sinapse da Inovação 2017, programa de incentivo ao empreendedorismo inovador que fornece apoio financeiro as 100 ideias classificadas nas três etapas do processo seletivo. A empresa responsável pelo Abellion é formada pelo Lucas, pela Carolini (ex-membro da EJ da Mecatrônica também) e outros sócios. Pode ser considerada um spinoff da Comando Jr, inclusive apresenta o mesmo nome da empresa júnior da qual participava.
De acordo com Lucas, a partir da sugestão do professor Adriano Regis, houve a proposta de fazer um projeto que consistia em uma estação meteorológica integrada a um rádio amador. No entanto, ao analisar melhor o mercado (benchmarking), notou-se que já havia produtos consolidados disponíveis para compra. Diante disso, eles procuraram buscar outras tecnologias até achar um diferencial que pudesse ser aplicado no produto.
RELAÇÃO COM O MOVIMENTO EMPRESA JÚNIOR
“A empresa júnior para mim foi essencial para tirar da minha cabeça o negócio e trazer para o papel”. Entrar na empresa júnior, para o Lucas, foi uma oportunidade de aprender mais sobre administração e sobre gestão de pessoas. Sua experiência ajudou a responder parte das dúvidas que apresentava, tais quais “como monto uma empresa? o que eu preciso? por onde eu começo a montar uma equipe? “, entre outras.
PARA QUEM ESTÁ COMEÇANDO
Ao ser questionado sobre o que ele recomenda para quem está começando ou pensando em entrar no movimento empresa júnior, Lucas respondeu: “Eu acho que, principalmente, vontade”. Ele destacou que a empresa júnior é um adicional no currículo e que para isso “contar” de verdade, é necessário ação por parte do aluno. “É igual fazer uma prova: você não vai ganhar o mérito de ser um bom aluno se você não tirar uma boa nota. Geralmente, se você tira, é porque você fez alguma coisa”.
Além disso, foi destacado que participar da empresa júnior impacta bastante no mercado de trabalho. Para Lucas, isso foi percebido, principalmente, na primeira empresa que ele trabalhou. Durante o processo seletivo, a participação em organizações como empresa juniores foi um critério que eles utilizaram para avaliar o candidato. Geralmente, os aspirantes à vaga que apresentam experiências como essa, são mais proativos ou então, como definido pelo Lucas, “resolvedores de problemas”.
Lucas Dal Ponte Feliciano é mestre em Engenharia Mecatrônica pelo Instituto Federal de Santa Catarina. É um dos vencedores do Sinapse 2017 e, também, um dos fundadores da Comando Soluções Mecatrônicas.