Uma viagem em direção ao futuro, a nova nave Dragon Crew

No dia 2 de março o módulo Dragon Crew da gigante SpaceX foi lançado rumo à estação espacial internacional, numa missão em parceria com a NASA. A ideia da viagem foi testar o desempenho do veículo para que, em breve, ele possa transportar pessoas para o espaço.

O projeto da empresa de Elon Musk envolve uma série de inovações tecnológicas para o ramo aeroespacial, mas também conta com sistemas modernos, engenharia de precisão, sensoriamento, ou seja, muita mecatrônica. Um primeiro exemplo disso é a forma de controle da nave no espaço, são 3 telas touch screen, muito diferente daqueles painéis antigos e cheios de botões.

Outro aspecto muito interessante e inovador do novo módulo é a forma com que ele realiza a acoplagem nas estações, totalmente autônoma, sem a necessidade de braços externos e auxílio humano para o encaixe. Sem contar que, nessa missão, foi empregada uma parte do foguete reutilizável, assim reduzindo os custos de transporte.

Voltando a falar da parte interna, a espaçonave ainda está na fase de testes e não pode ser tripulada, sendo assim foi colocado um boneco para “pilotar” o veículo de 7 lugares. Porém não é apenas um manequim, ele conta com uma série de sensores, como acelerômetros e de temperatura, para medir como seria a experiência de um ser humano lá dentro.

Vídeo da SpaceX detalhando o interior da cápsula

Depois de realizar a entrega de um carregamento para a ISS (Estação Espacial Internacional), a nave tomou rumo de volta à terra, o maior desafio dessa missão espacial. A Dragon Crew atingiu a atmosfera em altíssima velocidade, acima da do som (1234,8 km/h), mas isso não foi problema afinal a cápsula conta com uma estrutura cilíndrica, chamada Trunk, na base do veículo, controlando o voo e reconhecendo a temperatura e potência que a nave é submetida.

Para aterrissar a espaçonave conta com 4 paraquedas e uma forte estrutura para o choque com o solo. Esse método de queda foi validado quando o módulo caiu no oceano no dia 8 de março. Com o sucesso desse e dos próximos testes da Dragon, a NASA espera começar a realizar o transporte para o espaço em parceria com a SpaceX já no próximo semestre desse ano.

Está claro que, em inúmeros aspectos, a engenharia mecatrônica está presente até fora do planeta terra. Achou interessante a informação? Então não esqueça de comentar, compartilhar e dar uma olhada nos outros posts do blog.

Fontes: olhardigital, canaltech, space, tecmundo, fromspacewithlove, SpaceX

Tecnologias da copa: Telstar 18

Estamos a poucas horas da grande decisão, momento em que os craques podem virar lendas e entrar para a história, mas, para isso é preciso eles tratarem bem ela, a Bola. E é sobre ela que vamos falar neste último texto da série tecnologias da copa.

A estrela deste mundial é a Telstar 18, uma bola que recebeu esse nome por ter um design inspirado na bola Telstar, usada na copa de 1970. Porém, diferente da sua ancestral, a bola da Copa da Rússia pode contar com dois chips embutidos, capazes de serem usados para uma série de funcionalidades.

O primeiro, o qual vai na bola comercializada, fica localizado no lado oposto ao bico, entre as camadas internas da bola. Ele é usado no recurso do NFC (Near Field Communication), ou seja, quem compra a bola usa esse sistema de comunicação por ondas de rádio para acessar informações exclusivas sobre o produto e outros conteúdos disponibilizados pela fabricante Adidas.

Já o chip colocado na bola de jogo apresenta uma função totalmente diferente, que é auxiliar o juiz na hora de validar o gol. Para tal, vários sensores posicionados dentro do gol, sob a grama, acompanham a posição Telstar através de distorções no campo magnético local. Com esses resultados e as imagens das câmeras, o software da tecnologia de linha de gol da FIFA conclui se a bola entrou ou não e informa o árbitro, pelo relógio.

Imagem com um relógio e  um gol de fundo, Ilustrando o funcionamento do goal-line.
financialtribune.com

Por fim, o próximo passo, o qual está em fase de testes, é usar esse segundo tipo de chip para medir em tempo real a posição da bola e sua velocidade em todo do jogo. Isso geraria outras estatísticas, que podem aprimorar a compreensão do futebol jogado nas próximas copas do mundo.

Assim, com um olhar no futuro dessa incrível competição, nós encerramos a série de postagens sobre a copa do mundo com uma interrogação: Quais outras tecnologias poderiam ser implementadas para o bem do futebol?

Referências: esportes.estadao.com.br; football-technology.fifa.com; olhardigital.com.br; http://www.adidas.com.br;

Tecnologias da Copa: Sensor de performance física e tática

A Copa do Mundo na Rússia vai se aproximando da reta final e nesse momento de decisão os técnicos precisam ter todas as informações possíveis para escolher quem deve começar jogando as partidas. Sejam os dados táticos ou físicos, eles são vitais para entender a atuação individual de cada jogador e como ela reflete no desempenho coletivo.

Dessa forma, chegamos à segunda inovação da nossa série: Os sensores que alguns jogadores colocam sob as roupas durante jogos e treinos. Esse equipamento é um colete justo, parecido com um “top”, que você provavelmente já viu alguns jogadores usando por baixo da camisa.

Ele conta com um GPS que coleta a todo momento a posição do jogador em campo, sendo possível estimar assim a sua velocidade, além de outros dispositivos, os quais registram o batimento cardíaco e a temperatura do jogador. Dessa forma pode-se saber se um jogador está mais nervoso ou cansado, por exemplo.

Imagem que mostra como a informação do sensor chega até os softwares de análise, passando pelo satélite.
fifa.com

Esses resultados são enviados através da internet em tempo real para um aplicativo que organiza os dados de cada jogador. Assim, os técnicos e seus auxiliares podem checar a condição física e mental da sua equipe, além de conferir se eles estão jogando de acordo com o estipulado nos treinos. Por outro lado,  esses sensores podem ser usados nos treinamentos para criar um perfil do jogador, ajudando a entender a sua capacidade de movimentação no gramado.

Além de tudo isso, os próprios atletas falam que esses equipamentos são leves, pequenos e não interferem negativamente no desempenho deles. Ou seja, o futebol só tem a ganhar com mais essa inovação, resta aos técnicos saberem aproveitar ao máximo. E você, acha que essa tecnologia está melhorando mesmo do desempenho das seleções?

Referências: educamaisbrasil.com.br; football-technology.fifa.com; http://www.youtube.com/fifatv;